segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Lençóis de Poesia



Logo que deslizei pelos sinuosos caminhos da poesia
E o lirismo despetalou minha alma em versos simples,
Não consigo conter as sementes que desde então são vertidas
De minhas pobres e ousadas rimas semeadas nas entrelinhas.

O deus da poesia terá enlouquecido ao permitir-me tal ousadia
E põe em meio a um grande desafio, as letras dessa minha alma

De certo que mesmo que tentasse e abusasse de todos os vocábulos
Descrever-te seria impossível, falta
r-me-iam linhas a deitar grafias.

Seu refúgio são lençóis de marés que do céu deságuam o azul
Em aquarelas cintilantes, arco-íris colorem a paisagem ao seu caminhar
Seu versejar faz as flores exalarem num suspiro, o mais doce perfume
E as estrelas se derreterem no céu, por suas poesias de amor,.
 

Por ribeirinhos poéticos seus encantos fluem regando jardins
Seu olhar é farol a guiar minha embarcação perdida em alto mar
Seus braços são portos seguros do meu pobre versejar
Nem as  fortes tempestades conseguem pra longe de ti me levar.

Tomo posse dessa loucura que veio  em meu ser habitar

Mesmo que me sinta por muitas vezes nesse mar  naufragar
Ergo minhas velas, recolho as âncoras e me ponho a navegar
Na liberdade dessas ondas que me  fazem por amor poetar.

Solange Bretas

2 comentários:

Clecilene Carvalho disse...

Bendita seja está sua loucura!
Lindas palavras.

Os olhares da Gracinha! disse...

Poeta é o que consegue escrever o que pensa...ou sente!
É um belo poema e tomei a ousadia de o partilhar no meu blog!
Parabéns por ousar!!!

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