Folha Seca Sonho; delírio?Talvez... Não me lembro de ter adormecido, nem percebido que as nuances se dissipavam enquanto eu vagava por imagens frias. Gritava, mas aquele silêncio absurdo, ressoava por todas as janelas que se fechavam diante do breu. Andava por entre aquela gente Como se fossem reprises num espelho quebrado. E chamavam meu nome... De onde vinha a voz que me fazia estremecer? Muitas vezes eu tapei os ouvidos, o som parecia vir de dentro de mim. Atormentava-me porque não conseguia entender, eram vibração que enlouqueciam meu pensamento. Vi você no meio de tudo aquilo Gente, vozes, breu. Eu corria em sua direção, toda aquela gente me olhava como se estivesse louca . Meus gritos eram vazios, pareciam me virar do avesso. De repente, me deparei com um imenso relógio que nada marcava nem hora e nem estação. Eu estava ali esperando, esperando, esperando... Até que o chão sumiu debaixo de meus pés e a terra me tragou como se eu fora uma folha seca de um interminável outono ... Solange Bretas |
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Folha Seca
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