sábado, 14 de novembro de 2009

Inverno Poético




Abri mão do meu eu poeta.
Ele voou sem olhar pra trás...
Bateu suas líricas asas no infinito.
Seus versos eram espinhos
Suas linhas eram amargas
Ao ler sentimentos.
A tinta foi borrada,
Rasgaram-se as pautas
Jogadas ao vento
Qual folha sem vida.
Secou no deserto a fonte
abandonado oásis,
Que transbordar em vão.
Despi minh’alma
Arranquei as pétalas
firiu-me os espinhos.
Nesse vazio poético
Faz frio, agora sem as asas
Do meu Anjo, eu Poeta.

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