Abri mão do meu eu poeta.
Ele voou sem olhar pra trás...
Bateu suas líricas asas no infinito.
Seus versos eram espinhos
Suas linhas eram amargas
Ao ler sentimentos.
A tinta foi borrada,
Rasgaram-se as pautas
Jogadas ao vento
Qual folha sem vida.
Secou no deserto a fonte
abandonado oásis,
Que transbordar em vão.Despi minh’alma
Arranquei as pétalas
firiu-me os espinhos.
Nesse vazio poético
Faz frio, agora sem as asas
Do meu Anjo, eu Poeta.
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