terça-feira, 24 de novembro de 2009

Poema



Tu és poema!
Tens necessidades de palavras,
Seus versos destemidos
Movem céus e terras.
Tomas posse d’alma,
Essa é a tua razão.
O vento não te leva,
És flecha no coração.

Tu és poema!
De amor, de solidão.
És abstrato sentimento
Loucura em pensamento
És gozo, és tormento.
Ler-te é deleite que extasia.
No corpo o desejo que inspira
És grafia da alma,
És  essência que inebria.

Tu és poema!
Que penetras olho a dentro,
Arrancas do coração
Um querer, um lamento,
É ungüento para as feridas.
Nas entrelinhas tu vertes
Carícias em profusão.
És segredos em desterro
Fora do coração.

Tu és poema!
Que sangra,
Parindo nas entrelinhas
Desejos e prazeres,
Seduzindo estrelas
Minguando luas
Derretendo horizontes.
Fazendo parte de mim
Me chame de poesia.



Solange Bretas

2 comentários:

Nathalia Fernandes disse...

Miga, tu és poesia.

Clecilene Carvalho disse...

Ainda bem que o deus da poesia lhe permitiu tal ousadia! Linda poesia.

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