
Quem Sabe... Pode ser que o tempo lá fora transforme o que sou em céu e que as nuvens mudem de lugar voando para fora dos meu olhos de chuva. Nada pude fazer que evitasse o cair da noite, fui simplesmente o abismo entre sol e lua. Ainda não desatei os nós dessa sina que é viver e que me embaraçam aos cegos laços, turvando a visão do meu saber... O que tenho são pedestais vazios, marcados por valores consumidos nesta chama invisível do esquecimento. Dele desceram estrelas apagadas pelo sopro da ressaca que escorre dos lábios sombrios do silêncio. Permito-me envolver neste reflexo de adágio! Busco por entre pedras e palavras... Um instrumento! Quem sabe se do outro lado, o lado que é avesso, esse que desconheço, seja meu lugar de começo? |