Nada temo! Em minhas mãos levo as garras do tempo Que implícito no destino de todos nós, Faz os dias serem surpresa Lá fora continuam o vento, o mar, as estações Adornos passíveis na cabeça do universo. Sigo com a mesma vontade de um rio Cortando caminhos, dando voltas Pra chegar... Onde não sei! Só sei que parar é algo que não consigo Minha essência tem o perfume da inquietude, Tem a cor do fogo que ruboriza a pele. Não, eu não temo o tempo! Já sinto o peso dos grisalhos pensamentos, E a rebeldia da juventude me faz rir. Meus olhos são duas contas verdes Que se apegam a esperança, Faz do horizonte o oráculo De promessas e atos... É verdade, não temo o tempo, Ele há de passar e eu nem pretendo ser semente! Pode ser que a noite seja meu cortejo E que as estrelas me cubram de flores e véus E a lua venha se despedir com choro contido. Enquanto a vida me lamber a face, Quero é desfrutar da fruta que minha boca adoça, Cada vez que me redescubro com o sol em minha janela. Solange Bretas |
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Meu Tempo
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Folha Seca
Folha Seca Sonho; delírio?Talvez... Não me lembro de ter adormecido, nem percebido que as nuances se dissipavam enquanto eu vagava por imagens frias. Gritava, mas aquele silêncio absurdo, ressoava por todas as janelas que se fechavam diante do breu. Andava por entre aquela gente Como se fossem reprises num espelho quebrado. E chamavam meu nome... De onde vinha a voz que me fazia estremecer? Muitas vezes eu tapei os ouvidos, o som parecia vir de dentro de mim. Atormentava-me porque não conseguia entender, eram vibração que enlouqueciam meu pensamento. Vi você no meio de tudo aquilo Gente, vozes, breu. Eu corria em sua direção, toda aquela gente me olhava como se estivesse louca . Meus gritos eram vazios, pareciam me virar do avesso. De repente, me deparei com um imenso relógio que nada marcava nem hora e nem estação. Eu estava ali esperando, esperando, esperando... Até que o chão sumiu debaixo de meus pés e a terra me tragou como se eu fora uma folha seca de um interminável outono ... Solange Bretas |
terça-feira, 5 de abril de 2011
"O Presente Já Passou!"
"O PRESENTE JÁ PASSOU!" Enfraquecer o medo é alimentar a ousadia que excita beirar os abismos da vida. Esqueça a razão da loucura, vague sem noção do castigo. Nada é sério, nada é justo nada é dor é só passado. Assim como as folhas no outono, como a chuva de ontem, o sol que não brilhou, a poesia de outrora que deixou de ler. Negue a fraqueza, a solidão sufoque o grito... Esqueça o luto! O que é a primavera, o inverno senão estações que passam como as ilusões das "paixões"? Ecoe o sorriso de liberdade não se vingue da maldade. Vá em frente...pule essa parte chamada saudade. Viva o futuro porque "o presente já passou!" Solange Bretas |
sábado, 2 de abril de 2011
SAUDADE
SAUDADE Se hoje me doi o pensamento, ontem minha alma vagou no sentimento! Meu coração é vento que me leva longe, me faz horizonte debruçado em sonhos. E quando me perco nesse delírio de lembrar o que foi o ontem, o desejo me arrebata. A incoerência de hoje não poder voltar e vencer o tempo, mata meus sonhos, sufoca a semente e crava no peito, sem piedade, a dor mais profunda de saudade... SOLANGE BRETAS |
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