O JOGO
Não trago poesia,
nem palavras validas.
Tenho gotas de sentimento
que afloram a alma
e desceram à terra levando meus sonhos.
Não tenho em mim o exato discernir,
meu pensar se embaralha
e sobre a mesa estão as cartas
sob pedras marcadas.
Perdi no jogo a sorte do amor,
o destino ganhou e cobrou, sem paixão,
todos os passos guardados.
O que restou?
Não trago poesia,
nem palavras validas
e, nesse jogo entre o destino e a vida,
apenas fui eu quem fracassou.
Solange Bretas