segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Minhas Asas


Minhas Asas

Não sei voar!
Minha cabeça doi quando tento...
Meu pensamento é noite
que  de lua mingua
e de estrela é cadente.
Sigo somente sem semente
nem pó de estrada.
Minhas asas  são pétalas
guardadas entre páginas
envelhecidas de um livro qualquer.
Sem viço e sem virtude
não ousam voar nas entrelinhas
rasuradas pelo tempo.
Nem tenho ninho e alento.
Nem  pássaro eu sou,
tão pouco poeta!
Não sei escrever,
mas quando tento,
minhas asas doem...
Solange Bretas

6 comentários:

jeromad disse...

És pássaro e poetisa, e, não só voas, como também nos leva a voar em tuas poesias!
Parabéns, minha querida poetisa Solange!
Bj!

Vento Nocturno disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vento Nocturno disse...

Entro aqui suavemente ao som desta balada que arrepia os meus sentidos. E perco-me no tempo.

Fazes esquecer o mundo que nos envolve, tal é a beleza que pintas nas palavras.

Fazia-me falta ler um poema teu, tens magia na ponta dos dedos.

És uma ave que voa pelo céu, deixas um rasto ténue,
atrevo-me a dizer...
sinto a tua passagem...
num voo rasante..
que toca ao de leve no meu rosto.

Em cada poema, leio tanto de ti.

Beijo

InFeto - um artista organoreciclável. disse...

Bom..é desta dor que são extraidas essas linhas e essas tentaivas de voo. abraços

http://poesiafotocritica.blogspot.com/
http://estilhacosdodia.blogspot.com/

Vento Nocturno disse...

À espera de mais
À espera de ti...

Beijo

vieira calado disse...

Muito gentil,

este blog!

Saudações poéticas

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