
CANTO Dentro de mim há um canto que chora sem ser pranto que de dor retine o lamento. Quem me vê assim sorrindo, não viu no olhar a alegria, não sabe da minha agonia, tão pouco da fraqueza que sou. Canto por que é só o que sei, assim a minha sede de companhia se vai. Enquanto afino o tom de minha agonia, esvazio-me num eco profundo entre sons e ventos. Entro enfim, após meu canto, em harmonia plena com o silêncio d'alma. Solange Bretas |