sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Matar a Saudade



Do que é feita a saudade?
A que sabor se comparará
O seu paladar insosso?
Ou será como água de poço,
Quanto mais se mata ela há de brotar.
Pode ser que dela a cura há de surgir,
Quem sabe se o amor não partir.
Dos beijos existirem aos milhares,
Dos abraços minh’alma não escape
Ou quem sabe do meu coração
O amor se aposse e venha morar?
Cativo lar irá tornar
Será da lembrança a saudade nutrida,
Se ligados coração e mente
Jamais esquecido o amor será.
Quisera não precisar da saudade,
Preferiria tê-lo constante
Ainda que na mente vivo e latente
No coração será sempre pulsante.
Esse amor, que escorre pela veia
Como ar em meus pulmões
Então será saudade certeza
De que mesmo invisível aos olhos
Habita em meu íntimo meu amor
De esperança se trata os suspiros sentidos
Ameniza a saudade que maltrata
Espero no portão, vestida de festa
O amor a chegar com flores e brilho no olhar.
Beijos doces a presentear, abraços apertados a enlaçar
Em nosso ninho a saudade matar.
Solange Bretas

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