quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Onde Estão Meus Versos?


De asas caídas...
Em meus versos não decolei.
Arremeti, nenhuma rima quis pousar.
Da lira sons desafinados tirei,
aqueles que meus versos não quis escutar.
Nas entrelinhas, cruzam mensagens
subliminares que vão em outra direção,
mas são lidas em letras maiúsculas
que versam toda a intendidade
de um sentimento chamado solidão.
As páginas mal escritas foram arrancadas,
lançadas ao fogo, fragmentadas .
As cinzas pisadas mancham o chão,
são pegadas que não foram seguidas
e que o vento nem fez questão de apagar.
O silêncio de meus versos ensurdece a alma
ecoa nos labirintos da poética prosa muda,
dos haikais de natureza morta,
nos poemas frios causando arrepios,
nos discursos sem rumo.
Meus sonetos estão fora do padrão
e assim desclassificados pela métrica
deixando sem compasso o coração,
foram somente quimeras...
Duetos solitários versam com paredes
grafitadas com frases toscas sem nexo.
Trovas que em mim travam luta
pela existência de cirandas desencantadas.
Meus versos foram perdidos sem endereço,
desviaram-se no percurso e colocados
em gaveta do passado onde foram esquecidos.
Meu versar adoeceu e, ainda não descobri a cura
Para de meus indrisos chagados, sua dor é humor
provocado pelo texto que segue perdido.
A poesia perdeu a cor, sem perfume a essência ficou.
Enfim, sem inspiração, não posso descrever meu amor
Sem meus versos não sei o que sou.

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